segunda-feira, 10 de maio de 2010

Experiências Gens da Região Sudeste

"O Congresso foi um forte momento de paraíso. Lembrei-me dos atos dos apóstolos quando, ao observar o testemunho dos cristãos diziam: 'vejam como eles se amam'. Foi uma interação muito interessante das várias regiões do país onde não existiam fronteiras, mas uma unidade profunda. Agradeço a intensa presença de Jesus em meio como nos dizia Chiara. Este encontro foi um forte apelo para uma conversão autêntica, onde todo esforço é pequeno ante o amor que temos de dedicar a Jesus presente no próximo. Uno". (Felipe Cosme Damião Sobrinho – Santo André – SP).

“A consciência mais clara de que a Palavra de Deus transforma a vida da gente quando nos tornamos protagonistas do seu cumprimento e no seu amor. É possível construir relações autênticas onde cada vez mais e melhor vivermos o evangelho, principalmente em relação aos nossos irmãos" (Anatoli Konstantin Gradiski – Assis – SP).

“Este congresso marcou muito minha caminhada vocacional. É a primeira vez que participo e estou no quarto ano de teologia. O tema 'relacionamentos autênticos' foi de muito valor para minha vida de comunidade, para ser vivido em uma verdadeira amizade e irmandade. Os palestrantes foram muito felizes na sua caminhada pelos temas". (Wallace Ortêncio de Azevedo – Campos – RJ).

“É o primeiro congresso do movimento que eu participo. Significou que o relacionamento autêntico só pode ser construído alicerçado no amor. E por isso devo dar sempre o primeiro passo". (Anderson Peixoto dos Santos – Niterói – RJ).

“Este congresso significou para mim uma mudança de vida, onde tive a experiência de Cristo em nosso meio, no contato com os irmãos de outras realidades. Com relação ao Cristo abandonado pude ver na minha história a presença dele que se abandona por amor ao ser humano. Quando se ama tudo vale a pena. A presença dos padres em meio aos seminaristas, o povo de Deus, representa essa unidade, espiritualidade de união e comunhão onde percebemos que somos todos irmãos caminhando para a santidade: Mariápolis celeste. No mais, agradeço imensamente a Deus por este movimento que hoje move minha vocação". (Bruno César Costa Alves – Niterói – RJ).

“Este Congresso foi muito significativo para o meu aprofundamento no Ideal do movimento, e também, para observar bem a minha vocação, para não me decepcionar e, nem aos outros. Ser um sacerdote é uma grande responsabilidade, mas, perante o movimento dos focolares é um ensinamento de vida para todos. Obrigado". (André Luis R. Neto – Dourados – MS).

“Este congresso significou para mim um convite a amar nas pequenas coisas, a recomeçar sempre e reconhecer que Deus me ama imensamente". (Daniel Leonel – Nova Iguaçu – RJ).

“Este congresso significou para mim um crescimento da compreensão do evangelho e conseqüentemente, dos relacionamentos". (Marcos Paulo Fernandes – Dourados – MS).

“Este congresso mostrou para mim as dificuldades que os seminaristas enfrentam no seminário, e isso me ajudou muito, pois me preparou e com as meditações e palestras vi que centralizado em Deus, que nos ama imensamente, posso encontrar soluções para as dificuldades. Pude perceber que o mais importante é como diz Santo Agostinho, “amar sem medida”. Agradeço a Deus, por estes dias de fraternidade e união que passei aqui construindo Jesus em meio". (Erick Oliveira Pereira – Bauru – SP).

“Significou recomeçar a vida do amor fortalecendo os meus relacionamentos". (Luis Fernando – São João da Boa Vista – SP).

“Significou um recomeçar da minha formação. Com certeza, foi uma boa apresentação dos desafios da nossa formação. Além disso, foi uma boa ocasião de nos unirmos como uma só Igreja". (Douglas – Niterói – RJ).

“Este congresso significou para mim que, mesmo com tantas expressões que cada vez nos jogam na solidão, no egoísmo, no isolamento das verdadeiras relações, podemos construir unidade com as pessoas. Construir esta unidade e também os relacionamentos autênticos pode e é possível de ser concretizado. Não é algo platônico, perdido em idéias, mas que se concretiza em nossas vidas. O desafio, neste momento é o de assim concretizar estes relacionamentos em todos os ambientes de nossas vidas, em especial, em nossas casas de formação, nossas faculdades, que tanto carecem de um forte testemunho nosso que experimentamos da unidade, do Jesus em meio, gerando os relacionamentos autênticos". (Anderson Rodrigo – São Carlos – SP).

“O congresso foi uma possibilidade de estar junto com pessoas que buscam o que busco: o amor, Cristo em nós! Ter a possibilidade de amar, ouvir experiências de jovens como eu e de pessoas mais vividas que amam e que por este amor são felizes. Em resumo: este congresso foi a possibilidade que Deus me deu de recomeçar a amar e redescobrir que minha vocação é antes de tudo o amor e é por este amor que serei feliz, feliz em Deus no próximo. Estamos juntos. Valeu!" (Anderson Ricardo Pereira – São João da Boa Vista – SP).

“Este congresso significou para mim momentos de graça e muito amor. Pude perceber o quanto Deus me ama, ele me ama imensamente e preciso passar adiante este amor. O carisma da unidade é tudo que precisamos para viver melhor no mundo de hoje. Deus é amor e precisamos viver e testemunhar para que o mundo creia e ame como Jesus nos ensinou". (Osvaldecir Leandro Mendes – Dourados – MS).

“Significou a presença de Deus em cada pessoa, ajudou-se a ir ao encontro do irmão e aprofundar as relações interpessoais. Este Congresso me impulsionou a redescobrir o valor das relações na construção do meu ser pessoa". (Fernado Lorenz – Dourados – MS).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Experiências Gens do Nordeste

Com a finalidade de promover a comunhão fraterna entre todos, apresentamos a seguir algumas experiências de vivência da Palavra feitas por seminaristas do Nordeste brasileiro.

Amar até o fim

Otaviano Silva Pimenta

No mês de fevereiro fiz uma experiência no seminário, através da qual pude amar por primeiro. Aqui no seminário é costume um grupo de cinco seminaristas ficarem juntos na mesma mesa durante um mês. No inicio do mês, durante as refeições, percebi que meus colegas não tinham o costume de esperar que todos terminassem a refeição para sairmos juntos da mesa. Foi ali que encontrei a oportunidade de amar e, na primeira semana, fiquei e esperei que o colega terminasse sua refeição. Na semana seguinte os colegas de mesa tinham percebido a minha atitude e começaram também eles, a fazer o mesmo. Já estávamos quase no meio do mês e éramos os únicos que ficávamos juntos até o final de cada refeição.
Fiz uma experiência muito significativa também na faculdade. Num intervalo eu estava sentado com outros três seminaristas. Decidi comprar um biscoito para comermos juntos e escolhi o recheado com morangos. Ao chegar com o pacote de biscoitos, meus colegas manifestaram sua preferência pelo recheado com chocolate. Então, decidi trocar por este, de modo que eles sentiram-se amados e tivemos um belo momento de comunhão. Participando do 3º Congresso nacional de seminaristas, na Mariápolis Ginetta em São Paulo, pude experimentar vários gestos concretos de amor. Cheguei ao local do Congresso dois dias de antecedência e fui muito bem recebido. Ao entrar na Mariápolis encontrei alguns gens que me receberam, pegaram minha bagagem e acompanharam-me até um local da hospedagem, para eu descansar. Aquele ato de amor foi de grande importância para mim, pois voltando para Fortaleza e, retornado ao seminário, tive a oportunidade de fazer o mesmo. Meu companheiro de quarto voltava de uma diocese do interior e na sua chegada, também carreguei sua mala e o acompanhei, como fizeram comigo.
O “Biscoito da Unidade”

Francisco Erivano Galdino Clemente
Percebendo a importância de participarmos da Mariápolis, na cidade de Guarapiranga - CE, para
cultivarmos a espiritualidade da unidade e, considerando a falta de recursos, tivemos a idéia de fabricarmos biscoitos caseiros e demos a esse prato o nome de “Biscoito da unidade”. Saíamos a vender o biscoito nas comunidades, de preferência onde fazíamos nossas experiências pastorais. Decidimos isso no dia dezesseis de abril à noite, por ocasião de nosso encontro gens e contamos, também, com o apoio do Pe. Norbayro Londoño, assistente espiritual e reitor do Seminário São José da Diocese de Crato. Faz poucos meses que participo do grupo dos focolares. Sou muito grato pelo convite para participar e conhecer esse Ideal, onde descobri uma verdadeira família de irmãos. Estou começando a dar os primeiros passos, descobrindo a beleza desta espiritualidade, através desses encontros de irmãos. Sinto-me muito bem acolhido e posso dizer que ali se experimenta uma verdadeira fraternidade.

Comunhão de bens
Cícero Luciano Lima
Os seminaristas de Crato, sempre fazem a experiência pastoral da Semana Santa em uma das paróquias de nossa diocese e no final da pastoral, os padres costumam dar uma gratificação aos seminaristas. Este ano, depois da Semana Santa fomos liberados do seminário para passarmos uma semana em casa, chegando lá recebi mais algumas gratificações das pessoas que sempre me ajudam no seminário, somando um total de R$300,00 (trezentos reais.) Dois dias antes de voltar para o seminário fiquei sabendo que minha cunhada precisava de 70 reais para fazer uns exames e não tinha dinheiro. Encontrei-me com ela no momento em que eu ia ao banco para fazer o depósito. Foi quando ela partilhou comigo, sua impossibilidade em realizar o exame por falta de dinheiro. Eu não pensei duas vezes. Entreguei-lhe R$100,00 para fazer seu exame de saúde. Inicialmente ela não queria aceitar, pois também sabia da minha necessidade no seminário. Falei-lhe de minha confiança na providência divina. Posteriormente encontrei meu irmão que tinha adquirido uma casa e estava precisando justamente de R$200,00 para comprar umas janelas para poder mudar-se. Da mesma forma lhe entreguei R$200,00 para que ele comprasse o que estava precisando. Antes de retornar ao seminário a Providência divina me doou muito mais, de modo que aqueles R$300,00 não me fizeram falta. Fiquei muito feliz por poder ajudar alguém que estava precisando. Confesso que foi o Movimento dos focolares que me ensinou a agir assim, pois antes eu era muito apegado e não me desfazia de nada que era meu, principalmente o dinheiro. Mas como estou buscando sempre ver Jesus no outro, a fazer-me um com ele, a colocar-me sempre em seu lugar, estou conseguindo desapegar-me daquilo que é supérfluo.

Viagem para a Pastoral
Ademar Alves

Há alguns dias, indo para a experiência pastoral passei por uma situação um pouco constrangedora. Tendo entrado por último no carro, enquanto meus colegas conseguiram um lugar para sentar, eu tive que ficar em pé. Era por volta das 05h30min da manhã e eu estava com muito sono e já tinha, até pensado, que na viagem iria conseguir dormir um pouco. Prosseguimos o caminho e eu permanecia de mau humor, sobretudo, por ver que muitos passageiros dormiam. Contudo, em determinado momento comecei a pensar em tantas pessoas que, tantas vezes, levantam cedo e vão de casa até ao trabalho em pé e, nem por isso reclamam, enquanto eu murmurava por tão pouco. Tendo decidido a acolher com amor aquela situação, logo
pude experimentar a presença de Jesus em meio e comecei a ver aquela viagem como um grande momento de crescimento para minha vida cristã. Depois descobri um pequeno espaço ao lado do motorista e passei a observar as pessoas com um novo olhar. Comecei a conversar com o motorista e com alguns passageiros, tanto que, até acabei esquecendo a falta de um assento melhor e a viagem tornou-se muito agradável e feliz.

O verdadeiro sorriso
José Wandemberg Ferreira da Silva

Estou no quarto ano de teologia e moro no Seminário São José da Diocese de Crato – CE, onde faço parte da pré-unidade gens. Ao chegar aqui no seminário tive a notícia de que havia um pequeno grupo de seminaristas que vivia o Ideal. Logo me interessei e comecei a participar das reuniões que acontecem semanalmente. No grupo havia um seminarista que, quando criança, sofreu um acidente doméstico do qual resultou numa incisão em um dente frontal, inibindo seu sorriso. Comecei a observar a forma como ele sorria e posteriormente sugeri que ele procurasse um dentista, mas ele me falou que já fazia algum tempo que desejava restaurar seu dente, porém, por falta de condições financeiras não tinha conseguido. Vi que precisávamos fazer algo por ele e conversei com alguns do grupo sobre a possibilidade de fazermos uma comunhão de bens para este fim. Todos aceitaram de bom grado e assim realizamos a comunhão. Ao voltar do dentista, a felicidade dele era tão grande que fazia questão de mostrar a todos um largo sorriso.

Experiências dos Gens da Escola Ianua Coelli 2010


A seguir, desejamos partilhar um pouquinho a experiência de três seminaristas de três diocese diferentes que, com o consentimento do respectivo bispo, decidiram neste ano, interromper o estudo da teologia para participar da Escola Gens Ianua Coelli, na Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista - SP. O Thiago é de Ponta Grossa - PR; Marcelino é de Anápolis - GO e Jean é de Joinville - SC.

Um presente de Deus


Para nós, estar fazendo a Escola Gens, Ianua Coelli, na Mariápolis Ginetta, é um grande presente
que recebemos de Deus. Já se passaram dois meses e as experiências são muitas. Somos três e nossa casa tem quatro quartos, mas para construir a presença de Jesus em nosso meio, decidimos fi car juntos, no mesmo quarto. Assim, podemos partilhar nossas alegrias e sofrimentos, pois durante o dia quase não nos vemos, devido ao trabalho que realizamos. Tudo aqui é uma escola, aprender a lavar e passar nossas roupas, a cozinhar..., coisas que dificilmente fazemos em nossos seminários. Mas também aprendemos a pôr em prática a arte de amar, a arte de conviver, a arte de nos desapegar, a arte de perder a própria vontade para fazer a vontade de um Outro que nos fala a cada dia: “Eu serei o vosso mestre”. Cada um de nós, a partir de agora, contará alguma experiência que teve neste início de ano.

Relógio “doido”

“Poderia partilhar várias experiências, mas gostaria de destacar uma que foi muito forte. Como alguns já sabem, trabalho em uma fábrica de móveis e o ambiente de uma fábrica é bem diferente, pessoas de várias convicções religiosas, pessoas ‘malhas’, com uma linguagem bem diferente da que estou acostumado. Conversava com um Gen quando outro jovem, funcionário da fábrica, se aproximou de nós. Conversa vai, conversa vem, ele me disse: ‘Mano, relógio doido, me dá este relógio!’ Fiquei pensando um minuto e disse: ‘SIM! Te dou.’ Neste minuto passaram várias coisas pela minha cabeça: ‘é o único relógio que tenho, preciso dele’, mas pensei na frase do Evangelho: ‘Dai e vós será dado’. Pensei também: ‘este relógio não tem valor nem material nem espiritual para mim, devo desapegar-me das coisas, não posso estar apegado a um pequeno relógio sem valor’. Tirei o relógio e o entreguei ao jovem. Não sei se ele precisava daquele relógio, se ele estava “curtindo” de mim, se estava me testando, se estava se aproveitando... Apenas amei! Amei sem medidas. Este ato me fez pensar muito sobre o apego, muitas e muitas vezes dizemos que somos capazes de dar tudo por Deus, capazes de dar a vida e quando nos deparamos com situações como esta que vivi, percebemos que estamos apegados e que não somos capazes de nada. Precisamos estar livres de todos os tipos de apego, tanto espiritual como material e vivermos bem o momento presente.” (Marcelino Vaz)

Esvaziar o bolso

“Minha experiência é de um aprendizado. Quando vim para a Mariápolis, sabia da importância da partilha de bens, mas não possuía tal hábito. Nem quis trazer muito dinheiro, pois sabia que acabaria por pô-lo em comum, e preferi deixar ‘minhas economias’ com minha mãe até que eu voltasse para casa. Em sua sabedoria, ela não aceitou que eu viajasse apenas com o dinheiro da passagem (minha egoísta opção) e me devolveu quase todo o dinheiro que eu lhe havia entregado. ‘Tudo bem – pensei – posso guardar este dinheiro comigo e partilhar apenas uma parte. Todos fi carão contentes pela minha doação!’ Mas fui, logo de início, contagiado pelo espírito de fraternidade deste lugar, e aquela voz que fala baixinho dentro da gente gritava ‘dê tudo, e não aos poucos, mas de uma vez’. Eu não possuía muito dinheiro, mas estava apegado a ele e me parecia ser muito. Já havia dado um pouco do que tinha, mas era uma parte pequena. Certa noite, em uma conversa após a janta, falei que tinha mais dinheiro comigo do que havia informado e pus tudo em comum. Foi difícil, mas eu já tinha ouvido a música que seria o hino da Campanha da Fraternidade e não a aguentava mais. Passado o primeiro mês, o salário de um de nós atrasou, e vi o quanto foi importante eu dar tudo o que tinha.” (Jean Carlos Ramiro)

Ouvir “aquela voz”

“Um dia desses, eu estava no Projeto Jardim Margarida, onde dou aulas de música, e lia um texto de Chiara, num momento de intervalo. Esse texto falava da vontade de Deus, e de como Deus se manifesta falando-nos através de nossa consciência. Confesso que nunca acreditei muito nisso, pois sempre tive dúvidas sobre quando é realmente Deus que fala ou minha imaginação. Nesse dia, na hora de ir embora, começou uma chuva muito forte, e eu fi quei esperando na minha sala, sem poder sair. Num certo momento ouvi aquela voz dentro de mim falando que eu deveria ir até a sala da Lucila, que é a diretora do Projeto, mas ao mesmo tempo pensava que ela já deveria ter ido embora e sua sala com certeza estaria fechada. Mas nesse dia acreditei nessa voz e fui até a sala dela. Para minha surpresa ela estava lá conversando com outra professora. Quando entrei na sala, Lucila pediu para essa professora, que estava saindo naquele momento, que desse uma carona pra mim até a Mariápolis, pois a chuva ainda não tinha parado. Se eu tivesse me recusado a ouvir aquela voz, exatamente naquele momento, não teria feito essa experiência da Providência de Deus.” (Thiago Antonio Ingenchki)

Fazer do Seminário uma Família (Tiago e do Edílson) - Brasília (DF)


Fazer do Seminário uma família

Tiago Pereira e Edílson Santos da Costa

Dois seminaristas de Brasília contam com simplicidade e limpidez evangélica o estilo de vida de um grande grupo de seminaristas que, através dos pequenos gestos, contribui para criar relacionamentos de comunhão em cada aspecto de seu seminário.

Suas necessidades são nossas

Edílson: Nós dois vivemos junto com outros seminaristas a espiritualidade da unidade, procurando ser uma família entre nós e com todos os nossos companheiros de seminário.

Tiago: Para ser verdadeiramente família segundo o espírito do Evangelho é necessário acolher as necessidades do outro como as próprias. Nesse ano, um dos seminaristas, que compartilha conosco o mesmo ideal de vida pessoal e comunitário, passou um momento de crise. O motivo provinha do fato de que os pais ficaram doentes, sem trabalho e cheios de dívidas. Foi difícil para
ele colocar em comum essa situação. Logo que o fez, decidimos abraçar, juntos, esse sofrimento, porque a sua família era também a nossa. Inspirando-nos no trecho dos Atos – onde se lê: “entre os cristãos não havia necessitados” – fizemos uma comunhão de bens entre nós para as necessidades mais urgentes e o ajudamos também nas tarefas do seminário e da faculdade. Esse amor concreto dava-lhe força para enfrentar aquela situação difícil. Os outros seminaristas, ao verem o nosso esforço em compartilhar as dificuldades desse nosso irmão, se puseram também à disposição, propondo fazer uma coleta durante uma das Missas. Hoje a situação melhorou e a sua família é imensamente agradecida pelo nosso amor concreto.

A arte de amar

Edilson: Em nosso seminário somos agora um bom grupo que viver “a arte de amar”. Encontramo-nos pela manhã, no intervalo das aulas, para rezar juntos o “time out” (um momento de oração pela paz no mundo) e escolhemos um ponto da arte de amar para viver naquele dia. Isso mudou o nosso comportamento. Durante a merenda, procuramos aproveitar para compartilhar as nossas experiências com os companheiros.

No intervalo das aulas


Edilson: Relato a seguir um pequeno fato acontecido num desses intervalos. Naquele dia tínhamos escolhido a carta “amar por primeiro”. Apenas tínhamos acabado a merenda e nos preparávamos para voltar às aulas, quando comecei a recolher os copos e os talheres para levá-los à cozinha, mesmo que esse era um trabalho que deveria ser feito por um funcionário do seminário. Um seminarista viu o que eu estava fazendo e me disse: “Vou te ajudar, porque vejo que vocês estão sempre prontos a amar”. Desde 18 então, depois da merenda, também outros companheiros fazem o mesmo e isso nos ajuda a criar um bom relacionamento entre nós seminaristas e o pessoal de serviço. Percebemos que também esses pequenos fatos, dos quais está cheia a nossa vida diária, são um “treinamento” que ajuda para fazer crescer em nós uma mentalidade renovada que nos prepara para o ministério de serviço que nos espera.


A vida evangélica contagia os outros.

Tiago: Uma coisa que constatamos é que a vida de unidade e de amor recíprococontém tal carga de verdade e beleza que se torna atraente. Um dia, estávamos reunidos em um de nossos quartos para meditar a Palavra de Vida daquele mês, e chegou um seminarista novo. Ele queria saber alguma coisa do seminário; o acolhemos bem, como se fosse o próprio Jesus a entrar por aquela porta. Antes que saísse demos uma cópia da Palavra de Vida daquele mês, e na próxima vez ele estava presente nesse encontro. A amizade com esse seminarista cresceu e nos tornamos grandes amigos. Depois das férias do meio de ano, ele passou por um momento de dúvida acerca de sua vocação. Conhecendo-o, compreendi que essas dúvidas eram fruto de algum apego que me parecia ser seu dever resolver. Porém, eu não tinha coragem de dizê-lo por respeito humano, pensando que ele não iria aceitar bem. Depois de uma meditação da Palavra, eu sentia aquela “voz” dentro de mim que me parecia uma inspiração do Espírito Santo e que me impulsionava a dar esse passo somente por amor a ele, sem pretender “convertêlo”, porque só Deus pode tocar o coração de uma pessoa. Então o chamei para conversar e procurei “silenciar” diante dele para poder compreendê-lo e acolhê-lo profundamente, e ele fez o mesmo. Ao final, aquele colóquio serviu também para mim e estávamos os dois muito felizes. Assim ele pode superar aquele momento difícil que estava vivendo.

Pobreza e partilha

Edilson: Na paróquia onde fiz o estágio pastoral, deram-me de presente um par de sapatos. Estava muito contente com o presente. Voltando ao seminário, percebi que alguns companheiros, que seriam ordenados diáconos naqueles dias, tinham necessidade de um par de sapatos. Então, me senti impulsionado a viver um ponto da arte de amar que convida a “amar o outro como a si”. Procurei um deles e o fiz experimentar os sapatos e, de fato, pareciam feitos justamente para ele.
Ele me disse que já tinha deixado a idéia de comprar sapatos para a ordenação e que seria ordenado com os únicos sapatos que tinha, muito usados. Saindo do seu quarto, senti uma grande liberdade interior.

Tiago e Edílson
Brasília - DF (Extraído da Revista Perspectivas de Comunhão, Ano XIX n.02 março de 2010.

Experiência do Douglas - Niterói (RJ)

Caro Assis,

fizemos uma forte experiência de comunhão entre nós. Combinamos de nos encontrarmos no momento que o seminário disponibiliza, semanalmente, para as espiritualidades. Resolvemos nos encontrar para partilhar as experiências dos encontros das férias. Éramos nós do movimento dos focolares, os da RCC e os do Opus Dei.

Era um grupo com mais de 20 seminaristas. Partilhamos sobre cada movimento e sobre as experiências dos encontros. Foi muito foorte para todos! Resolvemos fazer esse encontro geral a cada dois meses e nos propomos viver uma vida mais santa, sobretudo durante as refeições nas conversas que temos.

Um abraço,
Douglas

Niterói-RJ

Experiência do Marcelino (Casetta Gens 2010)

Mariápolis Ginetta, 06 de março de 2010.
Queridos irmãos! Que o amor de nosso Deus esteja em vosso coração.
Envio-lhe este para partilhar uma experiência muito profunda que realizei esta semana. Como alguns já sabem, trabalho em uma fabrica de moveis e o ambiente de uma fabrica e bem diferente, pessoas de varias convicções religiosas, pessoas "malhas", com uma linguagem bem diferente da que sou acostumado. Conversava com um gen e chegou outro jovem funcionário da fábrica e aproximou-se de nós. Conversa vai, conversa vem ele me disse: "Mano, relógio doido, me dá este relogio!" Fiquei pensando um minuto e disse: SIM! te dou. Neste minuto passaram varias coisas na minha cabeça: é o unico relógio que tenho, preciso dele, mas pensei na fase do Evangelho: Dai e vós será dado. Pensei também: este relógio não tem valor nem material como espiritual para mim, devo me desapegar das coisas, não posso estar apegado há um pequeno relógio sem valor. Tirei o relógio e o entregei ao jovem, ele ficou todo feliz e usa sempre aquele relógio! Não sei se ele estava precisando daquele relógio, se ele estava "curtindo" de mim, se estava testando, se estava aproveitando-se... Apenas amei! Amei sem medidas.

Este ato me fez pensar muito sobre o apego, muitas e muitas vezes dizemos que somos capazes de dar tudo por Deus, capazes de dar a vida e quando deparamos com situações como esta que vive, percebemos que estamos apegado e que não somos capazes de nada. Precisamos estar lives de todos os tipos de apego, tanto espiritual como material e vivemos bem o momento presente. Conto com suas orações e conte também com minhas orações e unidade.

Tenhamos Jesus em Meio.
Um no pacto.
Seminarista Marcelino

Comunhão de Vida do Cláudio Rodrigues - Caraguatatuba (SP)

Caro Assis,
Tenho vivido momentos muito intensos em minha vida de resposta diária ao chamado desse Deus que me chama a amá-Lo e dedicar minha vida a todos que Ele coloca em minha vida!
A experiência de Jesus em meio, tem-me feito ficar muito espantado com as mais diversas experiências e ações d'Ele em minha vida - tanto espiritualmente como na Providência.
Estive nos últimos dias 17 a 22 de fevereiro em Itaici, fazendo o nosso RETIRO ANUAL, e neste fizemos a experiência dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS de Santo Inácio de Loyola, os exercícios inacianos. E como no ano anterior, o Padre que nos orientou foi o Padre Luiz Renato,sj. Foi maravilhoso este retiro, irmão!
Ele com uma maestria divina nos fez contemplar Jesus em seus encontros com os diversos personagens bíblicos, mas quero relatar a vc e a todos os meus irmãos de unidade, uma das experiências:
"Estava eu na capela do Espírito Santo, onde há uma belíssima pintura de Cláudio Pastro, que tem Nossa Senhora e o Menino Jesus em tons vermelhos, e uma imagem escura de algumas figuras de pessoas nas trevas. E nesse ambiente, tive uma experiência muito agradável, pois lá estava eu com o texto onde Jesus encontra-se com o surdo-mudo e nesse episódio me vi, sendo esse sofredor, e vi Jesus me levando ao lado e fazendo as curas necessárias em minha vida. Nossa! Que experiência!!.... Não sei o que aconteceu mas se passaram quase duas horas e eu não vi pois estava em uma tal intimidade com Cristo e tudo foi tão rápido e intenso para mim...".
A! Isso já é um dos sinais do que Ele tem feito em minha vida Vocacional, pois esse ano me propus estar mais contemplativo e mais atento às luzes que ele me envia em todos os momentos de minha caminhada, em especial nesse ano que já é o penúltimo da formação intelectual, o 3º de Teologia, e vejo que Deus me prepara para dar a vida por completo em tudo e tudo pela causa do Reino...
Irmão, meu coração pulsa forte em meu peito ao relatar todas essas ações d'Ele em minha vida. Só pelo orações para que eu tenha forças e coragem para continuar esse caminho de pedras e muitos obstáculos...
E que eu, como nossa "espiritualidade da unidade" nos aconselha, possa estar com os pés no chão e ver com tranquilidade "nossa caminhada de fraternidade", e sempre caminharmos em comunidade para que tudo isso possa ser partilhado com nossos irmãos, na mudança e no testemunho de vida, na vivência concreta da "arte de amar".
Por enquanto, fico por aqui,contando com nossa unidade espiritual.
Uno, Cláudio Rodrigues
Caraguatatuba-SP
Copyright - Geração Nova Sacerdotal [Gens] - Movimento dos Focolares - Brasil